quinta-feira, 3 de junho de 2010

Missão simulada a Marte 'parte' hoje


Seis astronautas da 'Mars500', uma missão internacional com a participação da ESA, vão estar isolados durante 520 dias na sua 'nave'.


São seis homens altamente especializados - em informática e medicina, engenharias e biologia - e tiveram treino para astronautas. Os dois europeus, três russos e um chinês que constituem a tripulação de elite da Mars500, "partem" hoje para uma missão virtual a Marte, que durante os próximo 520 dias os manterá isolados do mundo exterior, em instalações espaciais em terra, em Moscovo, desenhadas para esse propósito. A ideia é "ir" a Marte, passar lá um mês e regressar à Terra em 520 dias e ver como as coisas correm.

Nos primeiros 250 dias decorrerá a viagem até ao Planeta Vermelho. Nos 30 dias seguintes, a tripulação descerá em Marte (com fato espacial e tudo) e depois disso viajará de regresso à Terra. À excepção das condições de imponderabilidade e da exposição às radiações cósmicas, a tripulação vivenciará todas as dificuldades que possam surgir durante uma viagem real, como o isolamento, situações de emergência de saúde e alimentares ou técnicas, e será obrigada a resolvê-las autonomamente. 

Os efeitos do isolamento em cada um dos astronautas e no colectivo da tripulação são uma das questões cujo estudo detalhado permitirá preparar melhor essa futura viagem.

Rui Lopes

terça-feira, 25 de maio de 2010

Modelo mecânico de uma borboleta


Uma equipa de investigadores japoneses conseguiu criar um réplica totalmente funcional da borboleta "rabo de andorinha".

Borboleta «rabo de andorinha»Dos múltiplos tipos de borboletas, as “rabo de andorinha” são as únicas que têm as asas muito mais longas relativamente à sua massa corporal.
Para provar que esta borboleta consegue voar apenas com o batimento das asas, os investigadores construíram um modelo com as mesmas dimensões do animal, tendo copiado a forma distinta das suas asas e as finas membranas e veias que as revestem.

Recorreram a um software de análise de movimento que lhes permitiu acompanhar a capacidade aerodinâmica da borboleta e comprovaram que um simples movimento das asas sem controlo de retorno permite criar um modelo que poderá ser aplicado futuramente em sistemas aerodinâmicos.


Rui Lopes

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Captados sinais de rádio vindos de outra galáxia

Na notícia anteriormente publicada apoiava-se a hipótese de existir vida em outros locais da nossa galáxia. Parece mesmo que os argumentos não ficam pela presença de água... Ou talvez esta seja apenas mais uma coicidência.

A menos de 12 milhões de anos-luz da Via Láctea, um misterioso objecto começou a emitir ondas de rádio, numa forma que era desconhecida até ao momento em todo o Universo.

Os astrónomos questionam-se sobre o que pode estar a causar as estranhas emissões, mas a verdade é que estes sinais não são compatíveis com nenhum dos fenómenos conhecidos.

Segundo os cientistas, a resposta mais plausível terá a ver com a própria galáxia onde se encontra o estranho emissor. A M82 é, de facto, uma starburst galaxy, ou em português, uma galáxia de explosão estelar, na qual a taxa de nascimento de estrelas é muito superior a uma galáxia normal (é 5 vezes mais brilhante do que a Via Láctea).

A estas características insólitas junta-se mais uma também surpreendente: a velocidade aparente do objecto é quatro vezes superior à da luz, ou seja, um milhão e duzentos mil quilómetros por segundo.





O objecto, ainda sem nome, foi descoberto casualmente enquanto a equipa de Muxlow estudava uma explosão estelar na M82, utilizando a rede de radiotelescópios britânica MERLIN. Os cientistas depararam-se com um potente emissor que, ao contrário das supernovas não se apagava lentamente, mas que mudava de intensidade de brilho ao longo de todo o ano, mantendo um espectro constante.


Uma das possibilidades é que se trate de um pequeno microquasar, ou seja, o restante de uma explosão de uma estrela massiva, um pequeno buraco negro ou uma estrela de neutrões de entre dez a vinte massas solares que começa a alimentar-se de uma outra.
Os microquasares emitem ondas de radiofrequência, mas nenhum dos anteriormente observados o faziam com intensidade detectada no M82. Além disto, os microquasares emitem também raios X, o que neste caso não ocorre.


Os estudos e a recolha de dados prosseguem mas por enquanto permanece o mistério.

Marta Ferreira

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Haverá vida na nossa galáxia?

Uma equipa de astrónomos da Universidade de Leicester, no Reino Unido, tem provas conclusivas que os planetas rochosos e aquosos como a Terra são comuns na Via Láctea.

As atmosferas das anãs brancas, constituídas por hidrogénio ou hélio, estão contaminadas com alguns metais e entre eles, os cientistas encontraram restos planetários rochosos, onde se verifica a presença de água.

Se a água está presente em asteróides e na atmosfera das anãs brancas, como se provou, podemos acreditar que formas de vida simples existam na nossa galáxia.
Marta Ferreira

segunda-feira, 12 de abril de 2010

E se estivessemos dentro de um buraco negro de outro universo?


Buraco negro (Cortesia: NASA)
Buraco negro (Cortesia: NASA)
Será possível o nosso universo estar dentro de um buraco negro que se encontra dentro de outro universo muito maior? Alguns, como o físico teórico Nikodem Poplawski, da Universidade do Indiana, acreditam que sim.

O físico da Universidade do Indiana afirma que um buraco branco está ligado a um negro através do que os cientistas chamam ponte de Einstein-Rosen ou wormhole e é, pelo menos hipoteticamente, a inversão temporal de um buraco negro. Pois se o buraco negro é conhecido por sugar matéria, o branco por sua vez cria e expele matéria.




Poplawski desenvolveu a sua teoria, aproveitando os avanços realizados pelos físicos que o antecederam. A Teoria da Relatividade de Einstein afirma que um buraco negro pode formar-se a partir do colapso gravitacional da matéria que atravessa um horizonte de eventos no futuro, e é possível também inverter o processo.

“Tal situação poderia descrever a explosão de um buraco branco: matéria a surgir de um horizonte de eventos do passado, algo muito semelhante a um universo em expansão”, explica o físico norte-americano.

O tempo no espaço

Não há provas da existência dos buracos brancos
Já no passado houve quem sugerisse duas possibilidades acerca dos buracos negros: Uma é que estes representavam uma ligação, um túnel, a dois locais ou tempos no nosso universo. A outra possibilidade explica que ao se formar um buraco negro, forma-se um buraco de verme e consequentemente outro universo paralelo ao nosso.

Segundo a teoria de Poplawski, que naturalmente põe em causa o Big Bang, “o nosso universo poderia ter-se formado dentro de um buraco negro que existe noutro universo”.

Rui Lopes