sexta-feira, 23 de abril de 2010

Captados sinais de rádio vindos de outra galáxia

Na notícia anteriormente publicada apoiava-se a hipótese de existir vida em outros locais da nossa galáxia. Parece mesmo que os argumentos não ficam pela presença de água... Ou talvez esta seja apenas mais uma coicidência.

A menos de 12 milhões de anos-luz da Via Láctea, um misterioso objecto começou a emitir ondas de rádio, numa forma que era desconhecida até ao momento em todo o Universo.

Os astrónomos questionam-se sobre o que pode estar a causar as estranhas emissões, mas a verdade é que estes sinais não são compatíveis com nenhum dos fenómenos conhecidos.

Segundo os cientistas, a resposta mais plausível terá a ver com a própria galáxia onde se encontra o estranho emissor. A M82 é, de facto, uma starburst galaxy, ou em português, uma galáxia de explosão estelar, na qual a taxa de nascimento de estrelas é muito superior a uma galáxia normal (é 5 vezes mais brilhante do que a Via Láctea).

A estas características insólitas junta-se mais uma também surpreendente: a velocidade aparente do objecto é quatro vezes superior à da luz, ou seja, um milhão e duzentos mil quilómetros por segundo.





O objecto, ainda sem nome, foi descoberto casualmente enquanto a equipa de Muxlow estudava uma explosão estelar na M82, utilizando a rede de radiotelescópios britânica MERLIN. Os cientistas depararam-se com um potente emissor que, ao contrário das supernovas não se apagava lentamente, mas que mudava de intensidade de brilho ao longo de todo o ano, mantendo um espectro constante.


Uma das possibilidades é que se trate de um pequeno microquasar, ou seja, o restante de uma explosão de uma estrela massiva, um pequeno buraco negro ou uma estrela de neutrões de entre dez a vinte massas solares que começa a alimentar-se de uma outra.
Os microquasares emitem ondas de radiofrequência, mas nenhum dos anteriormente observados o faziam com intensidade detectada no M82. Além disto, os microquasares emitem também raios X, o que neste caso não ocorre.


Os estudos e a recolha de dados prosseguem mas por enquanto permanece o mistério.

Marta Ferreira

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Haverá vida na nossa galáxia?

Uma equipa de astrónomos da Universidade de Leicester, no Reino Unido, tem provas conclusivas que os planetas rochosos e aquosos como a Terra são comuns na Via Láctea.

As atmosferas das anãs brancas, constituídas por hidrogénio ou hélio, estão contaminadas com alguns metais e entre eles, os cientistas encontraram restos planetários rochosos, onde se verifica a presença de água.

Se a água está presente em asteróides e na atmosfera das anãs brancas, como se provou, podemos acreditar que formas de vida simples existam na nossa galáxia.
Marta Ferreira

segunda-feira, 12 de abril de 2010

E se estivessemos dentro de um buraco negro de outro universo?


Buraco negro (Cortesia: NASA)
Buraco negro (Cortesia: NASA)
Será possível o nosso universo estar dentro de um buraco negro que se encontra dentro de outro universo muito maior? Alguns, como o físico teórico Nikodem Poplawski, da Universidade do Indiana, acreditam que sim.

O físico da Universidade do Indiana afirma que um buraco branco está ligado a um negro através do que os cientistas chamam ponte de Einstein-Rosen ou wormhole e é, pelo menos hipoteticamente, a inversão temporal de um buraco negro. Pois se o buraco negro é conhecido por sugar matéria, o branco por sua vez cria e expele matéria.




Poplawski desenvolveu a sua teoria, aproveitando os avanços realizados pelos físicos que o antecederam. A Teoria da Relatividade de Einstein afirma que um buraco negro pode formar-se a partir do colapso gravitacional da matéria que atravessa um horizonte de eventos no futuro, e é possível também inverter o processo.

“Tal situação poderia descrever a explosão de um buraco branco: matéria a surgir de um horizonte de eventos do passado, algo muito semelhante a um universo em expansão”, explica o físico norte-americano.

O tempo no espaço

Não há provas da existência dos buracos brancos
Já no passado houve quem sugerisse duas possibilidades acerca dos buracos negros: Uma é que estes representavam uma ligação, um túnel, a dois locais ou tempos no nosso universo. A outra possibilidade explica que ao se formar um buraco negro, forma-se um buraco de verme e consequentemente outro universo paralelo ao nosso.

Segundo a teoria de Poplawski, que naturalmente põe em causa o Big Bang, “o nosso universo poderia ter-se formado dentro de um buraco negro que existe noutro universo”.

Rui Lopes

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Física à "velocidade da luz" com transmissão em directo


O Grande Colisador de Hadrões (LHC, na sigla em inglês) do Centro Europeu de Pesquisa Nuclear (CERN) iniciou as colisões entre feixes de protões – 20 milhões de vezes por segundo e a uma energia de sete Teraelectrões-volt (TeV), sendo este um novo recorde.

A ideia é que esta experiência ajude a lançar luz sobre as origens do universo, além de responder a importantes questões da Física. As colisões representam uma nova era na ciência para os investigadores que trabalham no LHC.

A colisão entre dois feixes de protões que circulam nos dois sentidos permite que estes, ao embater, libertem partículas mais pequenas, muitas das quais os cientistas apenas suspeitam que existem. O LHC realiza as colisões de feixes de protões como parte de uma ambiciosa experiência que busca revelar detalhes sobre micropartículas e microforças teóricas.

Os investigadores, na sala de controlo do CERN aplaudiram quando as primeiras colisões bem-sucedidas ocorreram. A experiência foi tentada em Setembro de 2008, mas um mau funcionamento técnico obrigou à sua interrupção. “Este é um ano tão bom para o vinho como para a física de partículas”, disse o speaker, já que o procedimento foi celebrado com champagne.

Os investigadores também esperam analisar, em escala mínima, o que ocorreu nos segundos após o Big Bang, o momento de criação do universo, há 14 mil milhões de anos. Fabiola Gianotti, física italiana a cargo da experiência ATLAS com o LHC, no CERN, referiu que com o Grande Colisador de Hadrões poderá “descobrir-se a essência de toda a procura”.


Rui Lopes