sábado, 30 de janeiro de 2010

Cientistas detectam maior buraco negro descoberto até hoje

O Very Large Telescope, telescópio do Observatório Europeu do Sul (ESO), detectou o buraco negro estelar mais distante e mais maciço (com uma massa quinze vezes maior à do Sol) descoberto até hoje. Além disso, o objecto encontra-se em interacção com uma estrela que, em pouco tempo, irá dar origem, também ela, a um buraco negro.

Este buraco negro  encontra-se numa galáxia espiral chamada NGC 300, situada a seis milhões anos-luz de distância. “Este é o buraco negro estelar mais distante descoberto até hoje para o qual foi possível calcular a massa. É também o primeiro que observamos fora da nossa vizinhança galáctica, o Grupo Local", diz Paul Crowther, professor de Astrofísica na Universidade de Sheffield e primeiro autor do artigo.


O buraco negro tem uma “companheira”, uma estrela Wolf-Rayet, também com uma massa  20 vezes superior à do Sol. As estrelas Wolf-Rayet encontram-se no final das suas vidas e expelem a maior parte das suas camadas exteriores para o meio interestelar antes de explodirem sob a forma de supernovas, altura em que os seus núcleos implodem dando origem a buracos negros.

As novas observações obtidas pelo instrumento FORS2, montado no Very Large Telescope do ESO,  mostram que o buraco negro e a estrela Wolf-Rayet andam em volta um do outro com uma periocidade de 32 horas. Os astrónomos descobriram igualmente que o buraco negro se encontra a arrancar matéria da estrela à medida que os dois objectos orbitam em torno um do outro.

Rui Lopes

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Chips colectores de energia podem alimentar Pacemakers, telemóveis

Filmes de borracha geradores de energia desenvolvidos por engenheiros da Universidade de Princeton podem aproveitar os movimentos naturais do corpo para alimentar dispositivos electrónicos.

O material, composto por nanofitas de cerâmica incorporadas em folhas de silicone, gera electricidade quando flexionado e é altamente eficiente na conversão de energia mecânica em energia eléctrica.

"Quando posicionadas contra os pulmões, folhas deste material podem aproveitar os movimentos respiratórios para alimentar pacemakers, suprindo a necessidade actual de substituição cirúrgica de baterias que alimentam estes dispositivos." afirma Michael McAlpine, professor de Engenharia Mecânica e Aeroespacial, que liderou o projecto.

São inúmeras as aplicações deste dispositivo. Além de produzir energia observou-se que ao aplicar uma carga eléctrica, as folhas do chip flexionam, o que pode vir a demonstrar-se importante em futuros dispositivos cirúrgicos.

Rui Lopes

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Lançamento do «Solar Dynamics Observatory»

No dia 9 de Fereveriro, a NASA vai lançar para o espaço uma sonda que irá estudar de forma aprofundada o comportamento do Sol. Chama-se «Solar Dynamics Observatory»(SDO).



Esta missão tem como objectivo perceber a influência do Sol no nosso planeta, nomeadamente na atmosfera terrestre.
Para tal, é essencial responder a duas questões:

-Como é que o campo magnético do sol é gerado e estruturado?

-Como é que a energia magnética acumulada é convertida e libertada para a heliosfera para o geoespaço em forma de ventos solares, partículas de energia e variações na radiação? 

Esperamos pelas respostas!


Marta

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

NASA mostra novas fotos de Marte





A câmara HiRISE (The High Resolution Imaging Science Experiment) da NASA começou a fotografar Marte em Março de 2006 e agora mostra as primeiras imagens do planeta a três dimensões, a cores e com alta resolução.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Como funcionam os filmes 3D?


Os filmes como Avatar enganam o cérebro, dando três dimensões a imagens projectadas numa tela plana de cinema.

Numa situação normal, se olhar para um objecto próximo de si e fechar os olhos esquerdo e direito, à vez, verá que cada um tem uma visão um pouco diferente da imagem projectada. O olho esquerdo vê um pouco mais do lado esquerdo do objecto, e seu olho direito, vê um pouco mais do seu lado direito. O cérebro funde as duas imagens, o que lhe permite ver em três dimensões. Isso é conhecido como visão estereoscópica.

Para criar um efeito semelhante, filmes em 3D são gravados usando duas lentes colocadas lado a lado, assim como olhos (ou produzindo imagens geradas por computador para reproduzir o mesmo efeito).

Mas no cinema, os dois rolos de película são projectados através de diferentes filtros polarizados. Assim, imagens destinadas para os "olhos esquerdos" dos espectadores estão polarizadas no plano horizontal, enquanto as imagens destinadas a seus "olhos direitos" estão polarizadas no plano vertical.

Os óculos usados nos filmes 3D possuem os mesmos filtros polarizadores para separar novamente as duas imagens, dando a cada olho uma perspectiva ligeiramente diferente e enganando o cérebro.
Desta forma, vemos o filme como se estivessemos no local da cena.



*O que é a luz polarizada?
Uma onda de luz polarizada vibra em apenas um plano. A luz emitida pelo sol não é polarizada, ou seja, ele é composta por ondas de radiação que vibram em planos diferentes. 


Marta

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Eclipse de 15 de Janeiro


Zonas do planeta em que o eclipse foi visível (a vermelho)

Um eclipse solar parcial reduziu o Sol a um anel resplandecente e foi visto por habitantes de algumas regiões de África e da América.

Este foi o mais longo eclispe do século, até hoje, e só ocorrerá novamente daqui a 1000 anos.
Um eclipse parcial ocorre quando a Lua oculta parcialemnte o Sol deixando, assim, um anel que reluz em torno do disco lunar.

Porém, a observação directa deste tipo de fenómenos acarreta graves riscos para os olhos, riscos esses que podem ser evitados utilizando óculos protectores, que filtram parte do leque de radiações emitidas.

Marta

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Electricidade Wireless

A lâmpada acende quando a energia flui (amarelo), <br> induzida pelo campo magnético (azul)O fim dos cabos está cada vez mais próximo. Primeiro, o telefone e a internet sem fios e agora o televisor e não só. Uma inovadora tecnologia foi criada pela WiTricity Corporation e depende de uma teoria experimental desenvolvida em torno do método de transferência de energia via magnetismo. Entretanto, uma empresa chinesa já aposta em equipamentos que dependam deste novo engenho.

A WiTricity Corporation foi fundada em 2007 para comercializar esta nova tecnologia, inventada dois anos antes no Massachusetts Institute of Technology (MIT).
O método inovador – em que campos magnéticos de dois dispositivos adequadamente projectados com frequências de ressonância podem ser combinadas num único campo magnético contínuo – foi validado em 2007 por uma equipa de físicos, liderada por Marin Soljačić, investigador do Laboratório de Electrónica do MIT.

O fenómeno possibilita a troca de energia de um dispositivo para outro com grande eficiência e a uma determinada distância. A transferência é feita via magnetismo e evita potenciais perigos a nível de segurança e ineficiências frequentemente associadas à energia electromagnética.

A equipa de Soljačić fez uma demonstração de transferência sem fio e verificou-se que é possível iluminar uma lâmpada de 60 watt a partir de uma fonte de energia localizada a mais de dois metros de distância. O resultado deste estudo foi publicado na Science, um ano depois.


Televisão sem fios (Imagem: WiTricity Corp.)
Tecnologia MIT comercializada

Entretanto, a Haier, um fabricante de electrodomésticos chinês, anunciou recentemente a criação do protótipo de um televisor de 81 centímetros, sem fios.

A fonte de alimentação assemelha-se a um enorme rectângulo afixado numa parede – podendo ser confundida com um quadro.

A tecnologia traz melhorias de som e imagem com alta definição e ainda ligação à internet. Segundo a empresa, o sinal pode ser propagado sem perdas até 30 metros, através de paredes e tectos. Contudo, a data de comercialização ainda não está definida.

Rui Lopes

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Simulação Quântica de uma partícula relativista

Investigadores do Instituto de Óptica Quântica e Informação Quântica (IQOQI) em Innsbruck, na Áustria, utilizaram um ião de cálcio para estimular uma partícula quântica relativista, demonstrando um fenómeno que nunca tinha sido observado antes: o Zitterbewegung. Os resultados desta observação foram publicados na mais recente edição da revista Nature.

Na década de 1920, a mecânica quântica já tinha sido estabelecida e, em 1928, o físico britânico Paul Dirac mostrou que esta teoria se podia unir a uma teoria relativista de Albert Einstein. A equação de Dirac é na verdade a base para inumeras ideias inovadoras, como por exemplo, a previsão de que cada partícula tem uma anti-partícula (anti-matéria).

Em 1930, como resultado da análise da equação de Dirac, Erwin Schrödinger postulou a existência de um movimento denominado Zitterbewegung: uma espécie de movimento flutuante de uma partícula relativista.

Actualmente, é possível a realização de simulações quânticas. Sendo assim, os físicos da IQOQI isolaram e arrefeceram um ião de calcio e, neste estado bem definido, um laser sobrepôs o estado da partícula e o estado da partícula relativista a ser simulado.


" Este sistema quântico foi ajustado para se comportar como uma partícula quântica relativista livre que segue as leis da equação de Dirac" explica Rene Gerritsma, o principal autor do trabalho publicado na Nature. "Conseguimos também,  através de medições, observar o efeito de Zitterbewegung e determinar a probabilidade da distribuição de uma particula" (Gerritsma).

Devido ao nível extremamente elevado de controlo sobre a física de partículas, os cientistas foram ainda capazes de modificar a massa de um objecto simulando anti-matéria.

Rui Lopes

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Norma de segurança controversa

Os aeroportos britânicos adquiriram, este mês, novos scanners de vigilância com vista a melhorar a sua segurança, ajudando no combate ao terrorismo. Esta medida surge depois de um nigeriano ter sido acusado de tentar explodir um avião de passageiros que seguia para os Estados Unidos.

Apelidados de "striptease surveillance", estes scanners funcionam como um raio X, permitindo analisar um determinado indivíduo que passe à sua frente, mostrando uma silhueta muito detalhada do seu corpo, como se este estivesse sem roupas.

A medida de segurança é infalível, porém suscita grande polémica. A própria Comissão Europeia já se pronunciou sobre o assunto e sublinha que irá averiguar os efeitos das radiações na saúde das pessoas - estas penetram, até uns centímetros, na pele da pessoa - e até que ponto é que invade as questões de privacidade de cada um. O scanner de vigilância corporal também preocupa igualmente por poder ser associado à pornografia infantil.

O aeroporto de Heathrow, em Londres, será o primeiro a recebê-los. A Alemanha já anunciou que no próximo ano vários aeroportos estarão equipados com esta nova tecnologia. Em Portugal, ainda não se equaciona a possibilidade de colocar scanners de segurança.


Fonte: CienciaHoje

Rui Lopes